sexta-feira, 18 de outubro de 2013

ENERGIA NUCLEAR NO BRASIL

ENERGIA NUCLEAR

Será que a energia nuclear será utilizada em grande escala como solução para a crise de energia no Brasil?
Quanto a essa questão, no Brasil, antes do acidente de Fukushima, a presidente Dilma Rousseff pretendia anunciar quatro novas usinas nucleares (duas no nordeste e as outras no sudeste), com construção prevista para até 2030. O anúncio só não veio a público por conta da crise japonesa. É bom lembrar que já temos duas usinas instaladas no país (Angra I e II), ambas no estado do Rio de Janeiro, e que uma terceira está sendo construída lá. Mas, afinal de contas, será que o país vai continuar com seu programa nuclear? Irá a presidente Dilma na contra-mão do mundo? Só o tempo dirá. É bem possível que o Planalto esteja apenas esperando a poeira baixar para dar a notícia da expansão do programa nuclear brasileiro. É difícil saber. Mas há quem arrisque dizer que o programa continua. O físico nuclear José Goldemberg acha que o desastre de Fukushima será um divisor de águas. Depois disso, ninguém poderá dizer que reatores nucleares não são perigosos sem ouvir uma chuva de protestos. “As pessoas já tinham se esquecido do terror do acidente de Chernobyl”, lembra o professor da USP. Aliás, o setor estava em plena expansão.
O episódio do Japão deu um breque nisso. Fez o mundo cair na real de que reatores nucleares são vulneráveis, e que é impossível prever todos os tipos de acidentes que podem acontecer. Um avião pode cair, um reator pode derreter, ninguém tem bola de cristal. No entanto, Goldenberg, que foi eleito pela revista Times como um dos “Heróis do Meio Ambiente”, em 2007, aponta outro problema dos reatores nucleares.
É preciso garantir a segurança no suprimento de materiais energéticos, como o urânio, para usinas nucleares.
Certos países, como Japão e França, que não dependem tanto de importações de carvão ou de gás natural, ficam dependentes da importação do urânio enriquecido. Se acontecer algum imprevisto, toda a produção fica comprometida.
O problema maior, sem dúvida, é o risco de acidente. Isso pode causar impactos no ambiente e ameaçar a vida humana por causa da radioatividade, que socializa o ônus do acidente para todos os países, uma vez que não é possível conter sua repercussão pelo ar ou água.
O professor chega a dizer que o risco de acidente é o “calcanhar de Aquiles” da energia nuclear. Claro que em outros processos produtivos de energia também há riscos. Seja na mineração do carvão ou nas usinas hidrelétricas, acidentes causam mortes e outros problemas, como a mudança de populações de lugar.
Toda essa incerteza vai influenciar a adoção de novas medidas de segurança. O que significa maiores gastos. Assim, a energia nuclear pode perder para o quesito competitividade, já na largada desse novo cenário.
Por outro lado, o preço da energia nuclear pode ficar mais atrativo, caso o carvão ou gás forem sobretaxados, como pensam alguns países, como medida punitiva à emissão de dióxido de carbono. É preciso entender que o dióxido de carbono é um dos responsáveis pelo aquecimento da Terra, enquanto os reatores nucleares, em funcionamento normal, não emitem esse gás. No Brasil, segundo o professor, a energia nuclear pode ser tranquilamente dispensada, figurando como última opção a ser adotada. “Há abundância de recursos naturais no país”, enfatiza. A energia nuclear pode ser uma boa opção para países como França, por exemplo, que não dispõe de tantos recursos.
Baseado nesses dados ,eu considero que a energia nuclear não será usada utilizada em grande escala como solução para a crise de energia no Brasil. O país deve apostar todas suas fichas na biomassa e nas hidrelétricas. É preciso nacionalizar alguns equipamentos usados no processo de energia renovável.
É o caso dos painéis fotovoltaicos. Mandamos o silício bruto para fora para depois os comprarmos a altos custos, onerando sua produção. Uma redução dos impostos sobre esses equipamentos também seria um paliativo a se discutir.
As energias renováveis são aclamadas pela sociedade e por ambientalistas pela capacidade que têm de se regenerar. O sol, recursos hídricos e os ventos, por exemplo, são inesgotáveis e estarão sempre disponíveis. Mesmo que algumas delas ainda tenham caras infra-estruturas, ainda podem se adequar, e são uma grande aposta para o futuro.Professor Paulo,essa é a minha opinião,sobre esses questionamentos.Aguardo os seus comentários.

Nenhum comentário:

Postar um comentário